terça-feira, 8 de novembro de 2011

KB

Olho, olho os ponteiros que se escoam do tempo
e os minutos dentro do braço do mesmo tempo
que abraçam e eu permaneço fazendo as tarefas
quotidianamente, abraçando em frente ao computador

o computador abraça-me e eu, fico somente só
entre a gente, que sai e entra daquelas janelas
digo bom dia, se a janela se abre discreta
sobre a superfície baça da existência do ecrã

e lá estamos reflectidos, movemos a cabeça e
movimentamos o cursor e perdemos toda a
informação dado o erro mal calculado por um bit

um escasso bit de informação foi o necessário
para em movimento rotacional antever o desastre
que se adivinhava mesmo antes de terminar o poema.

Sem comentários:

Enviar um comentário