Rasgo a polpa carnuda dos dedos
a flauta acende uma chama
na vermelha amplitude da boca
soprando os dias como pequenos
búzios eu sou as pedras banhadas
a areia paralela às frágeis linhas
de água irrompendo nas janelas
as casas tinham as portas subidas
um degrau apenas essa sílaba
limpa de poial caiado
as vidraças rachavam à passagem
dos insectos vagamente vaga-lumes
e a luz túmida acendia-se no túnel
dos seus ventres vagarosos
Sem comentários:
Enviar um comentário