sábado, 22 de outubro de 2011

Cadeia alimentar

Nunca tive mão audaz para a cozinha,
o poema sai-me morto e ensosso,
necessitado de tremoços,
não cumprindo a iguaria
os mínimos da montanha,
alcançam-me sempre na subida,
pelotão incluso,
e parece não haver saída,
panos sujos, azia,
demasiados molhos na poesia.

Disparam na noite os fusis,
e levanto-me bulímico,
comendo papéis, às três
menos um quarto
da madrugada.

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